Conheça os transtornos de personalidade e suas subdivisões
A psicóloga Francislaine Flâmia Inácio e Guedes (CRP: 10/05396-PA) fala sobre os transtornos de personalidade e suas subdivisões.
Mas o que é personalidade?
A personalidade é, basicamente, um padrão de pensamentos, sentimentos e emoções que acompanham o indivíduo ao longo da vida e diferem de pessoa para pessoa.
Existem, fundamentalmente, dois padrões de personalidade, o normal e o patológico.
O normal não traz prejuízos ao indivíduo. Já o patológico, traz danos e sofrimento à pessoa.
Mas o que caracteriza um transtorno de personalidade?
Em essência, um transtorno de personalidade se caracteriza por um padrão disfuncional de comportamento, pensamentos e sentimentos.
Os transtornos de personalidade são divididos em três grandes grupos:
Grupo A: Pessoas consideradas “estranhas” e “excêntricas”.
Grupo B: Pessoas com comportamento instável e personalidade dramática.
Grupo C: Pessoas ansiosas e medrosas.
Grupo A
Transtorno de personalidade paranoide
A “desconfiança” compõe a base desse transtorno. Paranoides são desconfiados em excesso e tendem a criar rancores e sentimentos negativos em relação ao outro. São pessoas que vivem constantemente em alerta, pois acreditam que poderão ser alvo de algo ruim.
Transtorno de personalidade esquizoide
O padrão é o distanciamento social. São pessoas que preferem o isolamento e possuem repertório restrito no que diz respeito à expressão de emoções em relações interpessoais. Normalmente são solitárias e apáticas.
Transtorno de personalidade esquizotípica
Compõem um quadro de distanciamento social e desconfiança, com ansiedade social excessiva acompanhada de pensamentos negativos sobre si mesmo. Apresentam uma fala “fora da realidade”, um “discurso estranho", e possuem crenças ou pensamentos mágicos, tais como superstições, telepatia, clarividência, sexto sentido, entre outros.
Os transtornos de personalidade do Grupo A podem ser a porta de entrada para um quadro de esquizofrenia. Por isso é importante que sejam diagnosticados em tempo.
Consulte um psicólogo para uma avaliação adequada!
Grupo B
Transtorno de personalidade antissocial
Como padrão, pessoas com transtorno de personalidade antissocial apresentam uma violação ao direito dos outros e não possuem remorso a esses comportamentos. Essas pessoas têm desprezo por normas sociais e indiferença ou desrespeito pelos direitos e pelos sentimentos alheios.
Transtorno de personalidade borderline
Esse transtorno se caracteriza pelo padrão de instabilidade e impulsividade nas relações interpessoais. Ocorre também distúrbios de autoimagem e flutuações extremas de humor.
Transtorno de personalidade histriônica
Nesse transtorno, o indivíduo sente uma necessidade extrema de atenção e possui um comportamento excessivamente dramático. São altamente emotivos e nutrem uma dependência da reação dos outros, que pode ser decorrente da baixa autoestima.
Transtorno de personalidade narcisista
Mais comum em homens, esse transtorno se manifesta pelo senso inflado de importância que o indivíduo dá a si mesmo, necessitando de atenção para se sentir admirado ou enaltecido. Normalmente demonstram desrespeito pelos sentimentos dos outros, incapacidade de lidar com críticas e senso de direito exagerado.
Grupo C
Transtorno de personalidade evitativa
Nesse transtorno, o indivíduo evita o contato social pelo medo do julgamento negativo que possa vir das relações interpessoais. Há uma alta dose de timidez, sentimento de incapacidade, sensibilidade a repressões e críticas e ansiedade frequente.
Transtorno de personalidade dependente
Transtorno marcado por dependência emocional e submissão ao outro. A submissão é utilizada para fazer com que outras pessoas cuidem dela. Esses indivíduos são carentes e tendem a transferir suas decisões para seus “cuidadores”.
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo é caracterizado por uma preocupação generalizada com organização, perfeccionismo e controle (sem espaço para flexibilidade), que essencialmente retarda ou interfere na conclusão de uma tarefa. Não é igual ao TOC, considerado mais grave, pois tem rituais e outros adendos que tornam o transtorno mais intenso.
De que forma tratar esses transtornos?
A primeira escolha é a psicoterapia. Nas sessões, o psicólogo poderá identificar se o paciente tem transtornos de personalidade associados a outros transtornos psiquiátricos.
O indivíduo se beneficiará com o tratamento, melhorando a qualidade de vida e se mantendo estável durante toda a vida.
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