Ansiedade: em que momento se torna patológica?

Em que Momento a Ansiedade se Torna Patológica?
 
A ansiedade apresenta-se como um sentimento e/ou sensação de intranquilidade, medo ou receio, frente a situações em que o futuro é incerto, ou que até mesmo desejamos muito.
 
Dessa forma, é um sentimento normal presente nos seres humanos e até mesmo em outras espécies. No entanto, o estilo de vida levado pelo homem na atualidade favorece, diariamente, situações em que a ansiedade é gerada, ou até mesmo a exacerba.
 
Você facilmente consegue imaginar um período de sua vida em que esteve ansioso, ou reconhece familiares ou amigos que tem apresentado tal comportamento. No entanto, é fundamental identificar quando a ansiedade deixa de ser “normal”.
 
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) envolve preocupações excessivas e persistentes, difíceis de controlar, que causam sofrimento ou prejuízo ao cotidiano do paciente, e que ocorrem na maioria dos dias, por pelo menos seis meses.
 
É uma doença comum tanto na comunidade, quantos nas práticas médica e psicológica. Estima-se que 5,1 a 11,9% das pessoas poderão apresentar TAG em algum momento de sua vida. As mulheres são duas vezes mais acometidas que os homens, e apresenta-se como o transtorno mais comum na população idosa. A maioria dos pacientes ainda pode apresentar outros transtornos associados, como a depressão. A coexistência de fobia social, fobias específicas, e síndrome do pânico também é comum nestes pacientes. A ocorrência de abuso de substâncias, lícitas ou ilícitas, também mais frequentes.
 
O paciente com TAG pode apresentar ainda sintomas físicos, associados à hiperestimulação ou hiperatividade autonômica e à tensão muscular. Queixas como insônia, sono não reparador, dor de cabeça, dores musculares (pescoço, ombros, costas). O paciente ainda pode procurar atendimento médico de urgência com queixas de taquicardia (coração acelarado) e falta de ar, sem alterações orgânicas que a justifiquem.
 
O tratamento deve ser multiprofissional. Aumenta-se a eficácia quando envolvemos medidas não farmacológica como a psicoterapia (como por exemplo, a terapia cognitivo-comportamental). Nem sempre são necessários medicações, mas quando são, elas podem englobar diferentes classes farmacológicas, como os benzodiazepínicos e os inibidores de recaptação de neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina. O tratamento medicamentoso nem sempre é definitivo, podendo ser suspenso à medida que o paciente mude o seu estilo de vida ou a maneira de enfrentar as situações que geram a ansiedade.
 
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Dr. Alexandre Merlini
 
Clínica Médica e Medicina de Emergência
 
Docente do curso de Medicina - Universidade Nove de Julho
 
Diretor Técnico - Onvita
 
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